Minha ingênua visão sobre Israel e Palestina


Aviso: este post pode ser um pouco polêmico.

Agora que aconteceu isso com a flotilha de ajuda humanitária, mais muçulmanos que estão nas minhas listas de contatos em redes sociais estão tratando Israel como o diabo na terra e o sionismo como o “novo nazismo”, como se a expressão em si não fosse absurda.

Primeiro, acho que comparar qualquer coisa com nazismo é forçar a barra ao extremo. São duas épocas diferentes, conceitos diferentes. Pelo que eu saiba, não existe campos de concentração de palestinos com tortura, câmaras de gás de extermínio amplo e trabalho escravo forçado em Israel. Aliás, é um dos países que dentro do belicoso oriente médio mais se desenvolveu – com ajuda dos EUA e outros grandões, claro, mas não dá para se negar que o país soube aproveitar bem os recursos que recebeu, ao contrário de outros árabes que tem muito petróleo e só agora estão investindo na população em geral.

Então, acho muito complicado julgar um povo como um todo, querer o extermínio de uma raça e religião como muitos tem pregado. Me dá até medo deste tipo de reação, pois é o mesmo tipo de coisa que condenamos em outros povos, como o patriotismo americano, o xenofobismo europeu. Dói ver muçulmanos agindo da mesma maneira, quando lhes é conveniente.

E não, não concordo com a forma que o estado de Israel foi formado e como eles pressionam o povo palestino e os impõe uma condição de vida sub-humana com bloqueios e ataques. Mas a história não é tão simples e fácil de ser contada. Para se ter idéia de quão complexa se tornou a questão, até mesmo um país árabe muçulmano como o Egito, que controla Gaza, fez bloqueio aos palestinos. Lembro que quando estava fazendo minha papelada no Egito, existiam sempre filas separadas para os palestinos, seja para visto ou outras coisas, pois o caso deles é muito delicado.

Eu posso ser muito ingênua e pacifista, mas acredito que a religião não sirva para nos separar dos outros, mas sim buscarmos a diplomacia e a serenidade para encontrarmos soluções que envolvam a menor perda de vidas possível. Pode até parecer impossível às vezes, mas temos grandes exemplos de pessoas que no nosso tempo agiram com paz e tiveram grandes conquistas, como Mahatma Ghandi, Madre Teresa e Nelson Mandela. Se estas pessoas não representam nada para você, pense então nos exemplos da sua religião. Eu tenho na minha mente vários, como Jesus e Mohammed.

Então, só me resta na minha existência insignificante e que em nada influi neste mundo, rezar para estar viva no dia em que seja encontrada uma solução pacífica e diplomática para Israel e Palestina. Que sejam dois estados, ou o “Palestiel = palestina+israel”, ou qualquer coisa boa para todas. E que eu não tenha que ouvir mais absurdos de tiozinhos do Irã, tipo holocausto não existe e vamos fazer uma bomba, já que Israel tem, ou que vale a pena ser homem bomba para defender meu direito, ou que fui escolhido para ter tal terra e por isso é meu direito matar até quem mesmo já vivia ali.  Ou que D’us ou Allah, ou até mesmo Deus, são coisas diferentes…

Sou boba, né?

Sobre MF

Alguém que escrevo muito.

Publicado em junho 3, 2010, em De tudo um pouco... e marcado como , . Adicione o link aos favoritos. 12 Comentários.

  1. Oi Marina,
    ótimo post.
    concordo muito com você. Também tenho visto em bastante lugar a culpa toda sendo jogada só pra um lado, quando na minha opinião, nenhum dos dois tem mais nenhuma razão.
    Muito triste tudo isso.

    bjos

  2. Oieee Marina =]!!!
    Concordo em genero, numero e grau com voce. Nunca nessa vida e nem em mundo nenhum pode-se tirar a vida de outra pessoa em nome de uma causa. Isso nao é incentivado nem aprovado por DEUS.
    Ataques tanto israelenses quanto palestinos nao pode existir.
    E temos que ser realistas. Se analisarmos a fio como a Thais disse la no meu blog, vamos ter que convir que desfazer o Estado fundado de Israel de onde esta parece ser algo meio “impossivel”, independente disso ter sido feito certo ou nao. O que poderia ser feito é uma uniao, onde o POVO tambem teria que abrir a mente e deixar de lado as diferenças religiosas, cada um respeitando o outro. Sendo assim poderia haver eleiçoes onde os candidatos estariam entre israelenses e palestinos e que seu foco fosse promover sem acepção de pessoas o bem do país, da nação, das pessoas, utilizando os bens que possuem procurando o progresso. E deixasse para os Sheikes, Rabis e Patores instruir dentro das mesquitas, sinagogas e igrejas os costumes e doutrinas segundo cada livro sagrado.
    A Biblia diz que tudo é licito, mas nem tudo convem. Ou seja seria um pais em que tudo era permitido, mas voce só faria se te convinhece fazer se fosse de acordo com sua forma de conduta, mas independente de fazer ou nao voce seria respeitada por isso.
    É a tal da DEMOCRACIA, RESPEITO E LIBERDADE DE EXPRESSAO que parace nao vingar na palestina e israel infelizmente =[. Só orando e pedindo a DEUS mesmo pra dar um jeito porque como diz a Biblia “Para DEUS nada é impossivel” =].

    bjuuuu
    fica com DEUS =]

  3. Camila/ Cecília

    És, és muito boba mesmo!!!
    Onde é que já se viu pensar que seres humanos se podem dar bem, tendo crenças diferentes??!! Totalmente impossível!!! Onde é que já se viu isso!!!???

    Sabes, somo duas bobas….e suspeito que seremos mais do que algumas.
    Como sabes gosto de política e realmente este caso é um dos mais delicados da actualidade…mas a desinformação é tanta!!!!
    Espero que um dia, que gostaria que não muito distante, as pessoas deixassem de julgar o próximo pelos estereótipos existentes mas sim pelo seu valor humanista.

    É….somos mesmo bobas!!!!!!

  4. Que bom saber que existem pessoas como você que consegue analisar o fato de forma pacífica, e acima de tudo, sem preconceito. É mais prático dizer que Israel é o vilão absoluto da questão, mas analisando a situação sem tomar partido, a gente vai perceber que todos os dois lados são culpados.

  5. Só me explicando melhor…

    Não me referí que estas colocando a culpa em Israel, quem me dera se todos os muslims tivessem uma visão como a tua. Nessa minha última frase me referí a alguns amigos muçulmanos que tenho que estão fazendo verdadeiras campanhas contra Israel, colocando-o na posição de culpado absoluto.

  6. Sem comentários, esse post foi completo, sem tirar nem por.

  7. tambem faco parte do rol das bobas…ainda acredito que algum dia as diferecas, sejam culturais ou religiosas, servirao nao mais para discordia, para conflitos, e sim para somar, complementar, aumentar conhecimento e aprender que a vida pode ser vista e vivida por varios pontos de vista, e que cada um pode viver bem com sua crenca e deixar o outro com a sua…

  8. Oi Marina…

    Boba nada, vc não é boba, vc tá mais à frente do que eles. Já ouviu falar em evolução? amadurecimento? pois é, existe um provérbio chines que diz que cada fruta amadurece à seu tempo, elas não caem da árvore todas juntas. Assim acredito que isso se encaixe nas pessoas também, nas religiões etc…creio que o mundo ainda não se deu conta que todos caminhamos para um bem comum, para um mesmo Deus, tenha Ele o nome que tiver, seja dado a Ele o atributo humano que for, todos queremos chegar ao Criador, acredito que o dia que isso se tornar consciente nas pessoas, nenhuma guerra se sustentará. sou muito cabeça aberta para essas coisas, e vc está corretísssima no seu ponto de vista…Um grande beijo

  9. Volteeeeei!!! Logo coloco a leitura do teu blog em dia.
    bjão

  10. boba nada, acho que vc disse td o que eu penso mesmo…
    mas Israel.. uma decepção..

  11. Oi Marina! Voce viu o programa do Luciano Huck na Globo de hoje (05/06)? O quadro Lar Doce Lar foi com uma familia cuja mae eh mulcumana e ela falou coisas super interessantes sobre o Isla. O video completo esta no site da Globo.

  12. Muita tristeza soh.Nao posso falar sobre esse assunto pq nao estudei porque nao entendo muito,prefiro ficar na minha ignorancia e rezar apenas,nada justifica matar pessoas,desolacao.

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